Eu fecho os meus olhos
e os teus olhos me consomem.
Num grito me calo e te dispenso,
repenso,
te aceito,
esqueço,
me lasco,
te mordo,
nos mato.
Nos oceanos.
Enfim a nós, entrelaçados.
Me lanço e te levo
ao fundo do poço,
da alma,
sem calma
e sem pressa.
Sem culpa
e sem lábios.
Um dia verei teu rosto
e não restará medo ou angústia que apague
esse inverno que era estar nos teus braços.