Logo ele que dizia que existiam tantos sorrisos falsos no mundo, que rir era apenas mostrar os dentes, logo ele que precisava olhar nos olhos pra ver uma verdade, pra quem eu falei mentiras de cabeça baixa enquanto escondia que queria mesmo era chorar de desespero ali mesmo por nada dar certo. Logo ele que me deu tantos motivos, quanto eu a ele, pra desistir mesmo, e largar tudo e falar coisas – com ou sem sentido – mas apenas coisas, quaisquer coisas, que pudessem me transportar pra longe dali. Logo ele. Logo ele! Logo ele preferiu moer nossa existência. Pra ele! Pra mim não será nem esquecida nem destruída, não importa quantas interpretações existam pra todas as palavras do mundo, pra mim não será apagado dessa forma; vou perder o carinho só quando a minha mente se acabar e o entendimento se perder, só quando eu não tiver mais fôlego, assim como a música.