A manhã estava muito, muito fria, me lembro bem de ser exatamente 06:20. Passávamos por São Conrado e Marcelo me acordou pra mostrar a visão mais adorável que já tive naquele lugar. Visão que talvez só seja possível nesta hora exata, nesta estação exata. O azul do céu se igualou perfeitamente ao azul do mar. Mar não sabia se era céu, céu não sabia se era mar. À nossa frente apenas uma imensidão de azul. Azul que não sabia ser escuro como a madrugada nem claro como a manhã. E uma ilha flutuava no meio dos dois oceanos calmos. E eu me senti em casa como nunca, nos braços dele e olhando, distante, a paisagem passar.