É abrir mão de um Ser que não te completa, mas que chega perto; na ansiedade de encontrar aquele que irá fechar todas as lacunas entre você e a eternidade. Chega tão perto do completar que deixa em seu lugar a saudade. Mas a Não-vontade desmistificada na falta do tesão, da carência do encontro, separa os mundos de quem fica no antes e quem vai passa para o depois.
Olhe o quanto é natural sentir falta do amigo, do homem, da pessoa encantadora que ele é, pelo fato de não ser – tão apenas – o par, ora dito, ideal.
Não ser o par ideal não desmente as tardes, as músicas, a empatia, a sociedade, a cumplicidade, a humildade, e a falta de ouvir a voz. Não ser o par ideal não nega o “se importar”, o carinho, a vontade de saber se está bem, se é bem cuidado, se deu tudo certo.
O amor continua, só é diferente.
Nunca amei pessoas que não merecessem um amor eterno.