“O mais triste capaz de escrever”

O pior é esta sensação de infinito… sentar e esperar passar, dói. Ficar em pé e esperar passar, dói. Lembrar não existe, porque não se esquece. Não pensar é impossível. Dia, hora, minuto, segundo, milésimos de um segundo sendo contados um a um. Gota a gota. Uma respiração, outra respiração. Fôlego. E volta tudo de novo. Dias, uma semana, um mês e o mesmo martelo maldito. A sentença e a pena.

Esperar, não esperar, esquecer, deixar passar, ter que conviver, ter que ouvir, ter que saber, ler, estar, fazer tudo com você; sem ter, saber, fazer, poder nada com você. Nada com você! Não nada com você. Um dia sim, e no outro nada mais com você.

O mais triste capaz de escrever.

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